Plantas medicinais comercializadas na feira livre do município de Pocinhos-PB: conhecimentos do raizero versus literatura

Plantas medicinais comercializadas na feira livre do município de Pocinhos-PB: conhecimentos do raizero versus literatura

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Plantas medicinais comercializadas na feira livre do município de Pocinhos-PB: conhecimentos do raizero versus literatura
Autora:
A. S. França
D. A. Fernandes
I. S. V. Macêdo
P. S. Oliveira
D. A. Costa
Ano: 2014
Resumo:
A riqueza de recursos naturais do Brasil oferece uma gama de espécies vegetais com potencial na profilaxia e tratamento de várias enfermidades. Na medicina popular o raizeiro tem um papel fundamental para o uso das plantas medicinais, “receitando-as” para atender as necessidades da população. O presente estudo teve como objetivos registrar as plantas medicinais comercializadas por raizeiros na feira livre do município de Pocinhos-PB, verificando suas respectivas indicações terapêuticas, parte utilizada e o seu modo de utilização, além de analisar e comparar as semelhanças e/ou divergências das plantas citadas com as indicações descritas pela literatura. O estudo foi realizado após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal da Paraíba, protocolo nº 12129713.4.0000.5182. A metodologia adotada foi a de questionários semi-estruturados, contendo informações sobre as espécies medicinais. Foi possível identificar 25 espécies distribuídas em 14 famílias. O chá (92%) foi a principal forma de utilização indicada pelo raizeiro. Quanto à parte vegetal, verificou-se que são usadas para comercialização principalmente as folhas (40%). Através da listagem livre, verificou-se que as plantas são procuradas para diferentes tipos de enfermidades, desde doenças dos aparelhos digestivo, respiratório, circulatório a problemas hepáticos ou relacionados ao sistema nervoso central. As indicações do raizeiro quando comparadas com as da literatura demonstram que as informações obtidas têm um grau de veracidade confiável, pois nos resultados observa-se um expressivo percentual de 88% de concordância, demonstrando que esse profissional mesmo sem o conhecimento científico adequado conhece bem o uso etnomedicinal das espécies comercializadas.