Massacre dos Cariris e Tarairiús

Massacre dos Cariris e Tarairiús

Durante o primeiro século, a história do Brasil desenvolveu-se no litoral. A lavoura da cana-de-açúcar tinha enriquecido tanto essa região que os seus moradores não manifestavam o menor interesse em se fixar em terras distantes do mar.

Assim, a história da Paraíba, desde 1500, ano da chegada dos portugueses, até 1650, desenvolveu-se apenas no litoral. Somente a partir de 1650 deu-se início, de fato, à ocupação do interior da Paraíba, impulsionada pela pecuária.

Nesta época, o gado bovino era essencial para os engenhos açucareiros da zona da mata paraibana: além de fornecer alimento para a população, que se concentrava na faixa litorânea, era a força motriz dos primeiros engenhos. Como as terras dessa faixa eram ocupadas preferencialmente com a lavoura da cana-de-açúcar, fonte da riqueza até então, a criação de gado foi se interiorizando cada vez mais e acabou se tornando a principal atividade econômica das terras secas situadas sertão adentro.

Vendo suas terras serem invadidas pelas fazendas de gado, os tarairiús e cariris começaram a reagir violentamente para não permitir que os colonizadores se apossassem de suas terras. Em três anos, as lutas tomaram proporções de guerra aberta, com ataques de ambas as partes. Após muitas batalhas, os índios foram praticamente exterminados.

Representação da Guerra dos Bárbaros. Todavia, também possui outros nomes como: Guerra do Açu (devido ao local que ocorreram os principais conflitos, no Rio Grande do Norte), Guerra do Recôncavo (se refere ao recôncavo baiano que ocorreram as primeiras lutas armadas) e Confederação dos Cariris (devido ao grupo indígena ser um dos principais combatentes do conflito).