O primeiro episódio de maior importância para o povoado deu-se em 1849, quando as tropas da Revolução Praieira, derrotadas no combate do Brejo de Areia, passaram pela serra da Borborema e acamparam em Pocinhos.
Ao chegar no povoado, com cerca de 200 habitantes, os comandantes da Revolução, entre eles, Borges da Fonseca e Câmara Santos Leal, reúnem-se pela última vez, ao nascer do dia, para licenciar as tropas. Depois os revolucionários se separam e, com ajuda da população pocinhense, disfarçam-se de vaqueiros, partindo para o interior, em grupos, a procurar fugir de seus perseguidores.
A Revolução Praeira
A Revolução Praieira ou Insurreição Praieira de Pernambuco, foi considerada a última revolta do período imperial, tendo como principal objetivo pôr fim ao sistema político vigente das elites conservadoras, de onde o poder local era monopolizado pelas famílias aristocráticas: Cavalcanti e Rego Barros.
O termo “praieira” associado a revolta, remete ao nome da rua (rua da praia), local onde era a sede do “Diário Novo”, principal meio de comunicação do grupo liberal, o qual recebeu o nome de “praieiros”.
Em resumo, a revolução praieira representou o choque político entre os liberais e os conservadores.
Em fevereiro de 1849, travou-se em Areia o último combate da Revolução Praieira. Os rebeldes, depois do malogrado ataque ao Recife, invadiram a Paraíba e se refugiaram em Areia, onde receberam auxílio do juiz municipal Maximiano Lopes Machado e do coronel Joaquim dos Santos Leal.
Entrincheiraram-se na cidade, sustentaram seis horas de combate, que terminou em fuga e dispersão pelo interior.
Fonte:
RIBEIRO, Roberto da Silva. Pocinhos: O Local e o Geral. 2ª Edição. Campina Grande: RG Editora, 2013, pp. 48-49
ARAÚJO, Carlos Eduardo Apolínário. Retalhos Históricos de Pocinhos: Histórias que transcendem o tempo. Pocinhos-PB: I9 Comunicação, 2020, p. 59.