José Augusto da Silva Galvão nasceu em Ipubi – PE no dia 27 de setembro de 1910, era filho de Carlos da Silva Galvão e Laureana C. Galvão.
Padre Galvão chegou em Pocinhos para assumir sua primeira paróquia no dia 20 de fevereiro de 1938, com apenas 28 anos de idade, em lugar do Padre João Honório de Melo. Muito jovem, chegou a ser censurado em Boa Vista quanto à condição de assumir os serviços religiosos. Ao vê-lo pela primeira vez, o sacristão boavistense José Joaquim Sobreira Leite questionou: “E esse menino sabe nem fazer recados!?”
Mas, para a surpresa de todos, principalmente dos pocinhenses, Padre Galvão era uma pessoa muito proativa, não só com a questão religião, mas também, com todos os outros segmentos da sociedade, sempre procurando meios para acelerar o progresso da comunidade pocinhense.
Padre Galvão em 1938
Na década de 40, Padre Galvão buscando uma saída para economia de Pocinhos, abalada pela crise do algodão e pelas constantes secas, começou a introduzir a cultura do sisal, juntamente com José Joffily, neste tempo secretário estadual de agricultura. Pouco tempo depois o sisal tornou-se o ouro verde de nossa região, e a salvação da economia de Pocinhos.
Plantação de sisal na década de 40
Em 1º de maio de 1944, Padre Galvão criou a Escola Paroquial de Música com a contratação do Mestre Oscar, um potiguar de Carnaúbas dos Dantas, que ficou encarregado da formação musical dos alunos. Foi desta escola que surgiu a filarmônica São José e outros grupos musicais paralelos, formando pequenas orquestras que atuavam nas festas de clube e carnavais, tanto de Pocinhos como de outros municípios paraibanos.
Filarmônica São José
Ainda na década de 40, Padre Galvão construiu e inaugurou, em 15 de maio de 1947, a Casa de Saúde e Maternidade São José, que tinha como Diretor o Dr. Antônio Luís Coutinho, que pouco tempo depois, em face da falta de recursos para mantê-la, passaria, através de venda para a administração do IPASE, transformando-se em um hospital destinado ao tratamento de portadores de doenças bronco-respiratórias e pulmonares.
Ipase década de 40
Em dois de fevereiro de 1948, Padre Galvão preside a fundação do educandário Instituto Nossa Senhora da Conceição, sediado no prédio da Casa de Caridade, quase uma sucursal do Colégio Diocesano Pio XI, do qual Padre Galvão fora diretor.
Em 1953 Pe. Galvão lidera um grande movimento político social, com a finalidade de emancipar Pocinhos, desligando-se a de Campina Grande, conseguindo eleva-la a categoria dupla de cidade e comarca, tendo para isso usufruído o seu prestigio junto ao ilustre paraibano, Pedro Moreno Gondim, então deputado estadual, que conseguiu aprovar na Assembleia Legislativa, um projeto de lei de sua autoria, neste sentido.
Visando as próximas eleições, Padre Galvão indica José Alves para assumir o cargo de interventor do recém criado município, uma parceria que renderia bons frutos para Pocinhos.
José Alves e Padre Galvão na década de 50
Em 03/10/1954 realizaram-se eleições para Senador, Suplente de Senador, Deputado Federal e Deputado Estadual em todo o Estado. Padre Galvão consegue sua vaga de candidato à assembleia estadual pelo PSD, ficando entre os suplentes.
Antigo Comício em frente a casa de José Alves
Um ano depois em 03/10/1955, é eleito prefeito de Pocinhos, pelo PSD, derrotando o candidato da UDN, Ottoni Barreto Serrão, Tornando-se o primeiro prefeito de Pocinhos eleito constitucionalmente.
Em 4 de setembro de 1957, surge uma vaga na Assembleia Legislativa a ser assumida por Padre Galvão, que era suplente, ele se afasta da prefeitura, sendo substituído por Joaquim Limeira.
Neste curto período como deputado, consegui entre outras coisas, recursos para a construção de um posto de saúde para Pocinhos (Prédio onde hoje funciona a secretaria de saúde do município). E foi o autor do projeto de lei que criou o município de Boqueirão.
Padre Galvão se candidatou mais três vezes para o cargo de deputado estadual, sem obter êxito (1958 – 1962 – 1970).
Um ano depois em 03/10/1955, é eleito prefeito de Pocinhos, pelo PSD, derrotando o candidato da UDN, Ottoni Barreto Serrão, Tornando-se o primeiro prefeito de Pocinhos eleito constitucionalmente.
Nas eleições municipais de 1968, apoia mais uma vez José Alves, o qual foi reeleito para o seu 3º e último mandato. Pe. Galvão se candidatou ainda nas eleições municipais de 1972 e 1976, mas, sem obter sucesso.
Em 1978, sem conseguir nova reeleição transfere-se para Pernambuco como pároco de Ipubi, sua cidade natal, próxima a Petrolina.
Um ano depois em 03/10/1955, é eleito prefeito de Pocinhos, pelo PSD, derrotando o candidato da UDN, Ottoni Barreto Serrão, Tornando-se o primeiro prefeito de Pocinhos eleito constitucionalmente.
Sempre que possível, Padre Galvão visitava Pocinhos para participar de eventos, rever amigos e matar a saudade da cidade que ele ajudou a construir.
Padre Galvão faleceu em 06 de setembro de 1997, faltando 21 dias para completar 87 anos de idade, em virtude de problemas cardíacos, seu corpo foi sepultado no cemitério público de Ipubi.