O potencial para a captação de água de chuvas em tanque de pedra em Pocinhos
Autores:
Hermes Alves de Almeida
Almir de Souza Lima
Ano: 2007
Resumo:
A irregularidade na distribuição espacial e temporal da precipitação pluvial no nordeste brasileiro vem a cada ano agravando o “drama” social da população rural, por não dispor de água potável para suprir as necessidades básicas das famílias. Para a realização deste trabalho, utilizou-se a série histórica de precipitação pluvial da cidade de Pocinhos, PB, correspondente ao período de 01.01.1930 a 31.12.2006. A área de estudo foi um Tanque de Pedra, localizado no sitio Pedra Redonda, do referido município. Os dados mensais e anuais de precipitação foram ordenados de forma crescente, sendo calculados: as médias aritméticas, as medianas, os desvios padrão, os parâmetros da distribuição de freqüência e a probabilidade empírica aos níveis de 25, 50 e 75%. A partir dos totais anuais de chuvas estabeleceram-se seis “cenários”: a média do período, o máximo, o mínimo e os valores correspondentes aos três níveis de probabilidade. Os principais resultados mostraram a existência de elevadas oscilações, quando se compara o total de chuva observado com o esperado. A distribuição mensal é extremamente irregular, uma vez que os desvios padrão, em alguns meses, são superiores as próprias médias esperadas e a média anual foi da ordem de 34%. Os valores medianos mensais foram sempre menores que os das médias e, portanto, a distribuição de freqüência é assimétrica. A média anual de chuva ocorre a um nível de probabilidade de 56,8% e o volume potencial anual mediano de captação de água de chuvas, no Tanque de Pedra, é de 353 litros para cada m2 de área superficial. O volume potencial mínimo de captação de água de chuva é de 132 litro por m2 de área de interceptação e ocorre com uma probabilidade inferior a 2%.